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Out 04

Para tudo há um momento e um tempo para cada coisa que se deseja debaixo do céu:


tempo para nascer e tempo para morrer,


tempo para plantar e tempo para arrancar o que se plantou,


tempo para matar e tempo para curar,


tempo para destruir e tempo para edificar,


tempo para chorar e tempo para rir,


tempo para se lamentar e tempo para dançar,


tempo para atirar pedras e tempo para as juntar,


tempo para abraçar e tempo para evitar o abraço,


tempo para procurar e tempo para perder,


tempo para guardar e tempo para atirar fora,


tempo para rasgar e tempo para coser,


tempo para calar e tempo para falar,


tempo para amar e tempo para odiar,


tempo para a guerra e tempo para a paz.


( Ecl. 3, 1-8)


 


Eis um trecho magnífico do Eclesiastes, livro sapiencial bíblico. A actualidade das suas palavras é uma característica comum dos textos de carácter sapiencial na antiguidade oriental, do Egipto à Mesopotâmia, passando pela Bíblia. Lembro-me de um discurso de Rabin, antigo Primeiro-Ministro de Israel, assassinado por um judeu de extrema-direita, a propósito da paz com a Palestina. Rabin transformou as palavras do Eclesiastes em apelo para a paz, pensando ter chegado o tempo da sua realização. Infelizmente, não foi assim. 


 


 

publicado por Francisco Caramelo às 09:52

Outubro 2004
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