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A Inscrição trilingue de Behistun celebra a ascensão de Dario I ao trono. Para além de constituir um testemunho importante sobre a Pérsia aqueménida, foi a chave da decifração da escrita cuneiforme, desempenhando um papel semelhante ao da Pedra de Roseta para o egípcio hieroglífico. A inscrição, situada num penhasco, a cerca de 100 metros de altitude,


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numa estrada real que ligava a Babilónia a Ecbátana, antigas capitais persas, tem sofrido nas últimas décadas um processo de erosão e de deterioração preocupante. prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />


Acompanhada de uma representação iconográfica monumental, encontrou eco em autores clássicos como Ctésias de Cnido, Tácito e Diodoro. Em 1598, Robert Sherley, um inglês, em missão diplomática ao serviço da Áustria, avistou-a e concluiu que se tratava de uma cena que representava a ascensão de Jesus Cristo. Outras interpretações idênticas se sucederam, designadamente a de que se trataria de Cristo e dos Apóstolos ou das tribos de Israel, aquando das deportações neo-assírias.


  prefix = v ns = "urn:schemas-microsoft-com:vml" /> Henry Rawlinson. Painting by Thomas Phillips, Royal Asiatic Society, London (Britain).

Rawlinson (na imagem) desempenhou um papel fundamental na decifração da inscrição, partilhando com alguns dos patriarcas da assiriologia do séc. XIX, entre os quais Grotefend, o mérito de ter descodificado a escrita cuneiforme.  


Em 1999, um grupo de peritos iranianos iniciou um projecto em que o objectivo consistia em fotografar a inscrição, dando origem a imagens tridimensionais, destinadas a preservar o monumento. Apesar das dificuldades de ordem financeira, o projecto estará concluído brevemente.    

publicado por Francisco Caramelo às 11:07

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