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"A gruta de Aladino". Isfaão, Abril de 2004
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"A gruta de Aladino". Isfaão, Abril de 2004
Tenta sempre saber o que te poderá impedir de nadar antes de te lançares ao mar.
Provérbio árabe
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Caligrafia, de face=Arial size=2>T'ang Haywen
António Feijó, nascido em 1862 e falecido em 1917, é, a par de Camilo Pessanha, outro poeta português cativado pelo oriente e, particularmente, pela poesia chinesa. Associado ao movimento literário do Parnasianismo, António Feijó interpreta uma tendência característica dos finais do séc. XIX que se traduz no interesse, na curiosidade e até no fascínio orientalista. Ao escrever o Cancioneiro Chinês, em 1890, Feijó traduz para português a obra de Judith Gautier, Le Livre de Jade (1867). Não se trata de uma simples tradução, mas antes de uma recriação literária que manifesta um profundo interesse literário e estético pela poesia chinesa. Sobre esta temática, pode-se consultar Manuela Delgado Leão Ramos, António Feijó e Camilo Pessanha no panorama do Orientalismo português, Lisboa, Fundação Oriente, 2001.
O Batel das Flores é um desses poemas:
Essa mulher que vês naquele barco
É moça e bela. As sobrancelhas pretas
Parecem, na elegância do seu arco
As antenas subtis das borboletas
Versos improvisados e rimas puras
Que ao som da sua flauta concebia,
Entre os astros e as nuvens nas alturas
Os sábios impassíveis comovia
Flor esquecida, que tombou no lodo
Ninguém junto de mim, ousa parar
E os que passam, afastam-se de todo
Sem um suave enternecido olhar
Os arrozais na húmida campina
São mais felizes, são
E há quem, decerto
Quando os trigais florescem, imagina
Ver nos meus lábios o sorriso aberto
Se algum desconhecido viandante
Desprende a amarra do Batel das Flores
Pensa que leva um sonho fascinante
E somente conduz as minhas dores!
São os nossos inimigos que nos ensinam as mais valiosas lições de vida.
(Provérbio chinês)