Secretariado: Céu Diogo - (916855403)
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Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
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Da Índia conhecemos os elefantes, os faquires, o exotismo dos incensos, vagamente o Yoga, Goa e as raves, cinema que nunca vimos, Tagore que nunca lemos e pouco mais. Das Universidades portuguesas, os estudos da civilização indiana estão arredados. Todo o trabalho de estudo de línguas, elaboração de dicionários, conhecimento dessa cultura que foi desenvolvido séculos atrás está morto e arquivado. Orgulhamo-nos (?) da descoberta do caminho marítimo para a Índia; somos todos Vascos da Gama e Afonsos de Albuquerque de mares calmos mas nada sabemos do outro, daquele que supostamente descobrimos. A Índia e a Ásia em geral são grandes blocos culturais e económicos de população jovem e dentro de alguns anos vão absorver e potenciar enormes interesses do planeta. A Europa, desde 1994 tem definida uma estratégia para a Ásia que contempla os vários aspectos da actividade humana e alguns países europeus estão fortemente empenhados nesse futuro. A Universidade tem um papel chave a desempenhar neste contexto e este Programa de Estudos visa, primeiro que tudo, abrir uma porta para este Oriente multicultural e multilinguístico.
Através de práticas e saberes queremos estudar para interagir com a civilização indiana, conhecê-la para nos darmos a conhecer. Aqui, a Índia é o guru. Seremos aprendizes dedicados e actuantes.
Fernando Cardoso 2004-10-07
ÍNDIA: PRATICAS E SABERES
O presente programa propõe manifestações de natureza diversa reunindo especialistas nacionais e estrangeiros - indianistas, antropólogos, historiadores, filósofos, linguistas, médicos, musicólogos, artistas:
- Um conjunto de palestras integrando os três módulos de um Curso Livre que abrange várias áreas da cultura indiana tanto antigas como contemporâneas.
O primeiro módulo oferece uma introdução geral à história, pensamento e línguas desta civilização.
O segundo módulo contemplará as práticas pelas quais invariância e mudança se cruzam e dinamizam. Será questão tanto de práticas médicas e rituais como daquelas que emergem de diferentes motilidades politicas do império, da diáspora, da globalização.
O terceiro módulo compreenderá sabedorias e sapiências que, da filosofia à estética, se desdobram numa ampla paleta inteligível da natureza plural e plástica dos saberes e experiências pelos quais ainda hoje é determinada uma postura pan-indiana.
- As Jornadas de Filosofia Indiana, contando com a participação de algumas das figuras que na Europa mais se têm destacado neste domínio, oferecerão um espaço privilegiado de reflexão sobre questões e controvérsias que animam presentemente a filosofia indiana e comparada, tais como a doutrina do karman e a reencarnação, a proposta indiana de uma ecologia profunda, a grande controvérsia entre brâmanes e budistas, a representação grega da filosofia dos bárbaros, ou ainda a filosofia do ritual e do signo como novíssimas reflexões sobre as semiologias indianas.
- Concerto de Miguel Coira e Goyo Irigoyen. De la aerofonía al sincretismo musical.
4. Três exposições
· Celebração da Vida Material diverso sobre e dos Warlis (tribo do Maharashtra) recolhido e apresentado por Dorothée Geffray.
· Cadernos de Viagem II Fotografias de Fernando Cardoso
· The
5. Mostra de filmes indianos a divulgar durante o mês de Novembro.
Locais:
* As conferências, Curso Livre e Jornadas decorrerão de Outubro a Maio nas instalações da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
* As exposições estarão patentes na Casa do Registo do Museu da Água bem como o concerto de música aerofónica que terá lugar a 17 e Dezembro.